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Trabalho inicial de cientistas da Rede Genômica Fiocruz foca-se no papel de mutações na glicoproteína Spike (S) do novo coronavírus em sua evolução e espalhamento

A glicoproteína Spike do novo coronavírus SARS-CoV-2, também chamada de proteína S, está envolvida na ligação e invasão de células humanas, através da interação de uma porção denominada RBD (Domínio de Ligação ao Receptor) com uma proteína presente em alguns tipos de células humanas, chamada ACE2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2). Anticorpos produzidos naturalmente após a infecção pelo SARS-CoV-2 capazes de se ligar a trechos da proteína S, com destaque para o domínio RBD e NTD (Domínio N-terminal), têm o potencial de neutralizar a capacidade do vírus de iniciar a infecção. Desta forma, mutações nos genes para a proteína S podem conferir a capacidade de escapar da resposta imune mediada por anticorpos, favorecendo cepas que carreguem essas mutações frente à pressão evolutiva apresentada pela imunidade na população.

A presente publicação (postada no fórum de discussão de pesquisas em virologia Virological.org) aborda, com base em 11 amostras, como linhagens que apresentam mutações convergentes no domínio RBD (presentes na VOC P.1 e nas VOIs P.2 e N.9) conseguem escapar à ação de anticorpos policlonais e causar reinfecções na presença de outras mutações na proteína S. Uma série de inserções e deleções de aminoácidos em outro domínio da proteína S, denominado NTD (encontradas principalmente em amostras da variante P.1 e, em menor escala, em amostras não P.1 e P.2 da linhagem B.1.1.28, além de uma amostra P.2), parece ter ação sinérgica às alterações no RBD, no que diz respeito à habilidade de causar reinfecção mesmo na presença de anticorpos neutralizantes gerados em resposta à proteína S das linhagens que não possuem estas mutações. Além de explicar os mecanismos desse escape imune, a publicação discute o quanto a ampla disseminação do novo Coronavírus no Brasil tem possibilitado o surgimento de linhagens com mutações que conferem a elas vantagens adaptativas, como as mudanças na proteína S.

Resende, P. C., Naveca, F. G., Lins, R. D. et al. The ongoing evolution of variants of concern and interest of SARS-CoV-2 in Brazil revealed by convergent indels in the amino (N)-terminal domain of the Spike protein

Disponível em Virological.Org

Categoria: 2021, Posts Virological.org, Publicações18 de março de 2021
Marcações: Análise GenômicaGlicoproteína SpikeSARS-CoV-2

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